Deus está onde queremos que Ele esteja!

Entre a França e a Espanha existe uma cadeia de montanhas. Numa destas montanhas existe uma aldeia chamada Argelès. Nesta aldeia, existe uma ladeira que leva até o vale.
Todas as tardes, um velho sobe e desce esta ladeira.,
Quando o viajante foi a Argelès a primeira vez, não reparou nada. Da segunda vez, viu que um homem sempre cruzava com ele. E cada vez que ia àquela aldeia, reparava mais detalhes – a roupa, a boina, a bengala, os óculos. Hoje em dia, sempre que pensa na aldeia, pensa também no velhinho – embora nele não sabia disso.
Uma única vez o viajante conversou com ele.
Querendo brincar, perguntou:
- Será que Deus vive nestas lindas montanhas à nossa volta?
- Deus vive – Disse o velhinho – nos lugares onde deixam Ele entrar.
(Décimo primeiro ensinamento do livro MAKTUB, Paulo Coelho)

Este texto é de fato, um texto que pede silêncio.
Diferente dos demais - desta vez, não vou comentar sobre ele.
Enquanto o digitava, não sei por que, lembrei-me de uma história que li em outro livro do P. Coelho.
“O Demônio e a Sta. Prym.” Contem uma parte que narra a seguinte estória:
“Encontrou uma das mais interessantes descrições da condenação em um livro árabe: ai estava escrito que, uma vez fora do corpo, a alma deve caminhar por uma linha tão fina quanto o fio de uma navalha, tendo do lado direito o paraíso, e do lado esquerdo uma série de círculos que conduzem à escuridão no interior da terra.
Antes de cruzar a ponte, cada um carregava tuas virtudes na mão direita, e teus pecados na mão esquerda – e o desequilíbrio iria fazer com que caísse para o lado que seus atos na terra o tinham levado.”

Beijos;