MAKTUB

O viajante acende um cigarro; fuma em silencio. Hoje não está pensando na semelhança entre a casa de Gabriel e a arquitetura de A. Gandhi. Olha os cacos, reflete sobre sua pópria existência. Também ela - como a de qualquer pessoa - é feita de pedaços de tudo que se passou. Mas, em determinado momento, estes fragmentos começaram a tomar forma.

E o viajante relembra um pouco do seu passado, vendo os papéis em seu colo. Ali estão pedaços de sua vida; situaços que viveu, trechos de livros que sempre recorda, ensinamentos do seu mestre, histórias dos amigos, fábulas que algum dia lhe contaram. Ali estão reflexões sobre seu tempo, e sobre os sonhos de sua geração.

Da mesma maneira que um homem sonhou com um anjo e construiu a casa que está diante dos seus olhos, ele tenta ordenar estes papeis - para compreender sua própria cosntrução espiritual. Lembra-se de que, quando criança, leu um livro de Malba Tahan chamado Maktub! e pensa: "Será que eu deveria fazer o mesmo?"

(Segundo ensinamento de MAKTUB; Paulo Coelho)

Um dia a gente aceita que tudo na vida passa;
E aprende que para tudo existe um fragmento de lembrança!
Deixar de tomar decisões por algo que está acontecendo é de fato, perda de tempo!
Afinal nada é para sempre...
Viver uma vida de cacos é muito mais proveitoso que viver uma vida de porcelana inteira - Esta, por sua vez, se faz impossivel.
Cada caquinho representa algo que foi feito, lhe foi dito, lhe foi ensinado; é sinal de que viveu... E viveu pra valer!

Faça de suas lembranças caquinhos... E com elas, construa a casa de sua existência!
Reflita sobre tuas ações, para não se precipitar novamente... Seja cauteloso, acima de tudo.

Tenha um Bom dia!

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